Mais de mil bicicletas foram roubadas ou furtadas no Rio de Janeiro em 2020
A maior incidência dos crimes foi na Zona Sul da cidade.
O Rio de Janeiro é uma cidade de muitas belezas. Passear de bicicleta por aqui é extremamente atrativo. Mas todo cuidado é pouco. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), ano passado foram registrados 1351 furtos e roubos de bicicletas no município.
Os números, analisados pelo Instituto Rio21, apontam para a diminuição de 7,3% nos casos registrados em comparação com o ano anterior (2019). Contudo, essa redução deve-se à significante queda do número de furtos registrados (10%), visto que os casos de roubo aumentaram no último ano.
Considerando todo o ano de 2020, foram registrados 1196 casos de furto de bicicleta na capital. Esse número é o segundo maior da série histórica desde 2015, ficando atrás apenas de 2019, quando foram registrados 1330 casos.
No caso dos roubos, no qual se requer grave ameaça ou violência no ato do crime, a frequência é menor. Os casos desde 2015 não passaram de 155 por ano. Em comparação com o ano de 2019, o número de casos variou pouco.
Os casos da Zona Sul são bem mais frequentes. A Zona Norte e Zona Oeste apresentam uma frequência de ocorrências parecida, enquanto o Centro distingue-se com seus poucos casos.
Os casos da Zona Sul apresentaram uma tendência crescente, atingindo o ápice em 2019, período em que foram registrados 740 furtos de bicicleta, um aumento de 271% com relação ao ano anterior. Chama atenção também o aumento do número de casos na região central do Rio de Janeiro. Se em 2015 foram registrados 37 casos nas delegacias da região central, em 2020 esse número aumentou 265%, chegando a 135 casos.
Em relação aos roubos, a tendência se mantém semelhante. A região da Zona Sul permanece dominante em relação as outras, com significativa distância das demais. A região Central, como também acontece no caso dos furtos, apresenta um crescente número de casos, tendo chegado a 24 no ano de 2020.
“Era esperado que o número de furtos e roubos se concentrasse na Zona Sul. Devido à grande presença de indivíduos pertencentes às classes A e B, ou seja, aqueles com maior poder de compra, a área torna-se alvo para crimes contra o patrimônio. Por isso, a enorme discrepância em casos registrados em comparação com as outras regiões da capital”, destaca Carolina Carvalho, assistente de pesquisa do Instituto Rio21.