Instituto Rio21 lança pesquisa sobre ‘carioquices’

A ideia é detectar as percepções do carioca sobre a sua própria realidade e imagem em meio à cidade onde vive.

Foi lançada, nesta terça-feira, 16/03, uma pesquisa produzida pelo Instituto Rio21, parceiro do DIÁRIO DO RIO, para que sejam detectadas as percepções do carioca sobre a sua própria realidade e imagem em meio à cidade onde vive.

“No mês de fevereiro demos início a uma série de Workshops que serão produzidos pelo Instituto Rio21 sobre a produção de pesquisas e análise de dados. Desse esforço, nasceu o desenho da pesquisa. Posteriormente, com apoio do Diário do Rio, impulsionamos a pesquisa de modo a atingir um maior número de participantes, objetivando identificar as percepções mais gerais da população carioca. Como resultado, apresentamos o relatório derivado de 714 entrevistas. De modo que a amostra escolhida foi do tipo não-probabilística, buscamos diminuir os viéses da amostra ponderando características da população carioca, como a Zona da cidade em que habita e a raça/cor do entrevistado”, diz Philippe Guedon, diretor de pesquisa do Instituto Rio21.

Alguns dados chamam a atenção. Por exemplo, de acordo com a pesquisa, o funk é o gosto menos apreciado pelos cariocas, seguido por beber mate na praia. Por outro lado, comer bolinho de bacalhau e fazer atividades físicas ao ar livre apresentaram indicadores elevados na mediana da distribuição.

“Claro que essas distribuições são diferentes a depender da região de moradia e da idade. Apenas para ficar em exemplos básicos, o funk é querido pelos mais jovens, enquanto o samba é mais citado como gosto nos moradores da Zona Norte.  É majoritária, por sua vez, a confirmação de frases de efeitos que os cariocas costumam repetir, como que ‘os cariocas são mais simpáticos’, ‘os cariocas usam chinelo em qualquer situação’ e ‘o melhor sotaque do Brasil é o carioca’. De forma ilustrativa, a pesquisa mostra que o carioca não ignora as suas dificuldades. Apesar disso, também não nega as alegrias e as marcas do ‘ser carioca’. Essa identidade e irreverência fazem parte do patrimônio da capital fluminense”, pontua Philippe.

A pesquisa é bem detalhada e traz muitos outros temas presentes na vida do carioca, como a questão do emprego durante a pandemia, a praia, se mudaria do Rio de Janeiro, e mais. Ao longo dos próximos dias, o DIÁRIO DO RIO vai destacar, em matérias separadas, diversos pontos analisados pelo Instituto Rio21.