RJ teve queda recorde no roubo de veículos em 2020, aponta pesquisa
A pandemia do Coronavírus ajuda a explicar a queda drástica no número de delitos, no entanto, o percentual já registrava tendência de queda desde 2018
Um levantamento feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) e divulgado neste abril revelou um dado histórico sobre o roubo de veículos no Rio de Janeiro. A pesquisa aponta que a Capital Fluminense uma queda histórica na taxa de de roubos de veículos nos últimos 10 anos. A redução foi de 33%. Antes disso, o percentual mais próximo foi de 2019, quando a queda foi de 26%.
Naturalmente, a diminuição na prática desse crime se deve, em muito, a pandemia do Coronavírus, embora o Rio já apresentasse uma tendência de redução desde 2018. O estudo mostra uma queda significante na quantidade de crimes registrados no início da política de isolamento social. Em janeiro de 2020, por exemplo, foram registrados 1592 casos. Em maio, esse número havia caído para 823.
Os locais de prática permaneceram constantes ao longo do tempo. Desde 2010, a Zona Norte foi palco de pelo menos 63% dos crimes em todos os anos. Por sua vez, a Zona Oeste manteve a posição de segunda região com o maior índice de registros. Já a Zona Sul e o Centro nunca acumularam mais que 6% dos casos.
Em 2020, foram 7762 casos de roubo de veículos na Zona Norte do município do Rio. Já a Zona Oeste presenciou 3923, enquanto o Centro registrou 339. A Zona Sul registrou o menor número dessas ocorrências, com 309.
Embora o estado do Rio de Janeiro lidere o número bruto de casos de roubo de veículos, a maior taxa de roubo, levando em consideração o tamanho do município, é de Belford Roxo, com 1652,16 casos para 100 mil habitantes. A capital ocupa a oitava posição, com 366,21 casos para 100 mil habitantes.
Segundo a assistente de pesquisa do Instituto Rio21, Carolina Carvalho: “Como o roubo de veículos não é um crime que requer significativo planejamento, dependendo primordialmente do encontro entre vítima e criminoso, as oportunidades para que o crime ocorresse foram reduzidas devido à política de isolamento social. Ainda assim, a quantidade de casos é bastante elevada e cabe, ao poder público, realizar ações direcionadas ao combate a esse tipo de crime, especialmente nas regiões mais afetadas da capital carioca, como a Zona Norte e a Zona Oeste”.