Turismo de proximidade: argentinos e chilenos querem o Rio
Dados da Prefeitura do Rio de Janeiro, computados antes da pandemia e analisados agora, comprovam a importância do turismo de proximidade, mesmo em escala internacional. A pesquisa mostra que argentinos – com larga vantagem -, seguidos de chilenos são os estrangeiros que mais visitam a cidade. Só depois é que aparecem os vindos dos Estados Unidos.
Os números da Prefeitura, analisados pelo Instituto Rio 21, apontam que em 2019, o município recebeu mais de 405 mil turistas da Argentina. O número é 2,5 vezes maior que a quantidade de visitantes chilenos, que ocupam o segundo lugar no ranking de nacionalidades que mais visitam o Rio, com 154.691. Já os turistas vindos dos Estados Unidos somaram 118.629.
Esse cenário está de acordo com os informes da Organização Mundial do Turismo (OMT), órgão da ONU, os quais apontam que 80% das viagens turísticas no mundo são feitas para destinos que estão a no máximo 4 horas dos pontos de origem. Ou seja, tanto a Prefeitura quanto a OMT mostram a importância de investir no turismo de proximidade, quando a pandemia estiver controlada, para atrair vizinhos da América do Sul e de outros Estados do Brasil.
O turismo de proximidade tem maiores condições de garantir a ocupação da rede hoteleira durante o ano inteiro, com reflexos positivos em toda a cadeia de prestação de serviços turísticos, como restaurantes, aeroportos, shoppings, pontos de visitação, comércio de rua, transportes, guias e agências de viagem.
Veja abaixo o quadro de turistas que chegaram ao Rio em 2019:
Turismo de proximidade é a saída para a retomada econômica
Os dados também mostram que mais da metade dos turistas estrangeiros que visitaram o Rio em 2019 eram residentes da América do Sul, o que reforça a importância do planejamento para consolidar o turismo de proximidade. O segundo grupo mais relevante para o turismo do Rio foram os europeus, representando 29% dos turistas. Em seguida, residentes da América do Norte corresponderam à 11% dos visitantes. Já Ásia, Oceania, África e América Central representam uma pequena parcela dos turistas, acumulando juntos 6% dos visitantes.