Funk Carioca não é o gênero musical mais querido do Rio
Dados do Instituto Rio21, no entanto, mostram que o tipo de música é popular entre os mais jovens.
O Funk Carioca, que já é tocado no mundo todo, para muitas pessoas é o gênero musical mais popular na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, esta ideia é rebatida por uma pesquisa do Instituto Rio21. De acordo com os dados, o Samba é o tipo musical que mais agrada o povo do Rio.
De acordo com a pesquisa, o gosto por funk, em uma escala de 0 a 10, chega a 7 somente entre as pessoas com idade entre 16 e 24 anos. Nas outras faixas etárias, a média se encontra de 5 para baixo.
No recorte pelas Zonas da cidade, não há grandes diferenças entre uma região e outra e a adesão geral ao gênero também não é muito alta.
“Em relação ao Funk, esperávamos que se confirmasse uma certa paixão carioca pelo gênero, claramente associado a cidade do Rio. Apesar disso, o que encontramos é um perfil médio de um carioca menos fã do gênero que imaginávamos. À título de exemplo, em nossa pesquisa o carioca parece mais fã de samba do que de funk. A fim de qualificar esse dado, segmentamos por zona da cidade, raça/cor e idade. Não há diferenças significativas entre a parte da cidade em que habita e a raça/cor. Por outro lado, há uma diferença significativa em relação a idade dos respondentes. Enquanto o gosto por funk, de 0 a 10, entre os respondentes de 16 a 24 anos ficou em 8 de mediana, em relação aos indivíduos com mais de 45 anos, esse número é 0. Encontramos uma correlação moderada entre idade e gosto por funk com significância estatística, indicando que quando maior a idade do entrevistado, menor o gosto pelo gênero musical. Os dados indicam que o funk tem seu lugar nas preferências dos cariocas e esse lugar está no gosto dos mais jovens”, afirma Philippe Guedon, diretor de pesquisa do Instituto Rio21.
Quando a pesquisa buscou dados sobre o samba, os números positivos foram maiores. Apenas em uma faixa etária o gosto pelo gênero musical ficou abaixo de 5. Já no recorte por região, de 0 a 10, todas as médias passam de 5.
O Instituto Rio21 ouviu mais de 700 pessoas para realizar a pesquisa. As entrevistas foram feitas entre os dias 10 de fevereiro e 8 de março.