Na capital, o saldo também é positivo. No mês de fevereiro, foram 48.059 admissões e 42.660 desligamentos, ou seja, saldo de 5.399 novos empregos.

Divulgação: Prefeitura

No último mês de fevereiro, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam para um cenário de recuperação da atividade econômica, especialmente se comparado ao ano de 2020, no qual o Estado do Rio de Janeiro foi o Estado da Federação com maior diminuição do número de postos de trabalho formais.

Nesse mês supracitado, o saldo entre admissões e desligamentos foi de 15.530 postos, resultado de 95.661 admissões e 80.131 desligamentos. Todos os setores agrupados apresentaram saldos positivos.

Na indústria, o setor com maior número saldo de empregos foi de indústria de transformação, com balanço positivo em 2.437. Dentre essas indústrias, a que teve maior saldo foi de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 685 empregos de saldo. Em relação ao setor de comércio, o destaque foi o setor de comércio varejista (saldo de 1.140 empregos).

No interior do setor de serviços, chamam atenção a recuperação dos setores de alojamento e alimentação (saldo de 3.635 empregos formais) e os setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (saldo de 3.410). Por fim, no setor de construção o maior saldo é encontrado nas atividades de obras de infraestrutura, com 1.253 novos empregos.

No município do Rio de Janeiro o saldo também é positivo. No mês de fevereiro, foram 48.059 admissões e 42.660 desligamentos, ou seja, saldo de 5.399 novos empregos. Considerando, inclusive, o número negativo do mês de janeiro, o saldo demonstra que havia, em fevereiro, um cenário de recuperação econômica, a despeito do agravamento do contexto da pandemia de Coronavírus.

Se no Estado já há uma preponderância do setor de serviços, nota-se que, no município do Rio é ainda mais central. No município, os setores com melhores saldos foram de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (1.657) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1.145). Importante ressaltar que, mesmo tendo o setor de serviços o melhor saldo entre os setores, alguns setores enfrentaram reduções nas suas fileiras de empregados formais, como é o caso do setor de transporte, armazenagem e correio, com saldo negativo de 236 empregos formais.

No setor de indústria, também se nota a recuperação do setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com saldo de 241 novos postos de trabalho.

“Pelos dados expostos, a difícil situação econômica enfrentada em 2020 parecia dar sinais de melhora, considerando o mês de fevereiro e os saldos no mercado de trabalho formal. Contudo, as medidas de restrição e o agravamento da situação da pandemia atual dificultam esse cenário de recuperação. Diante disso, vemos a necessidade de um combate a pandemia; a recuperação econômica do país, do Estado e da nossa capital depende dela”, opina Philippe Guedon, diretor de pesquisa do Instituto Rio21.